Exatamente neste dia, há um ano atrás, eu estava chegando em Dublin.
E essa foi minha primeira foto em terras Irlandesas, haha. Sim, porque eu estava muito (mas MUITO) boba com os "copões de café" né.
E tomei muito desses aí por lá.
Ah, lá vem a nostalgia em pessoa!!
Mas como já disse aqui, a Camila que foi, é diferente da que voltou, e a que escreve agora, é diferente da que aterrissou no Brasil há 4 meses.
Claro, a gente vive em processo de mudança, só não muda quem tá morto. (bom. muda, vai se decomp... ah, deixa pra lá.)
Mas é meio louco isso, um ano parece pouquíssimo tempo, pra tanta coisa que mudou.
Tanta gente que conheci, tantas vidas das quais eu fiz parte, e que da minha também fizeram.
Pra tanto riso e tanto choro (mais riso do que choro ^^), pra tanta reina, tanta briga e tanta reconciliação.
Pra cada palavra ou expressão nova que adicionei ao meu vocabulário.
Pra cada cerveja e cada comida diferente que experimentei.
Pra mais de 23 GB de fotos.
Pra cada "sorry" falado na rua, no Tesco, na PENNEYS.
Pra cada trinta minutos que esperei o boiler esquentar a água.
Pra cada Irish Breakfast, pra cada Guinness.
Pra cada "Nero d'Avila"
Pra cada Reduced.
Pra cada desespero de arrumar a mala conforme as exigências da Ryanair.
Pra cada marca que deixei e trouxe comigo.
Tem como voltar?? hahaha
Falei que eu era a nostalgia em pessoa!
Mas é bom. Depois de um ano de muitas coisas novas, e muuuita mudança, eu continuo contente com a pessoa que me tornei.
Mas ainda estou na procura do meu lugar.
Tudo tem seu tempo, e eu aprendi a aproveitar melhor a história, escrever página por página, ao invés de querer ir correndo pras últimas páginas pra saber do final.
E sinceramente, eu vejo essa como uma das minhas melhores mudanças!

Uma resposta e mais 5 dúvidas.

Sinto uma falta do teu sorriso, que poderia escrever uma canção.

Mas meus refrões são tortos.

Mancos.

Fico só no preto e branco.

Na melodia pesada.

Pesada como uma ancora.

Que ainda toca dentro de mim.

Não faz sentido, outra vez.

Mas já sei que meus sonhos eram desejos.

E os de agora, com certeza são medos.

No fim, eu caí mesmo no mar.

Caí, e ainda não consegui sair.

Fico me debatendo, tentando gritar por socorro.

Tentando. Minha voz não sai mais.

E a ancora continua me puxando.

Mas tem algo muito intenso em mim, que não me deixa afundar.

Não é esperança.

Não é ilusão.

Cada um luta por uma causa.

Essa é a minha.

Enquanto a porta não se fechar... não me deixarei afundar.

Essas coisas costumavam ser secretas.

Escondidas.

Agora estão aqui, soltas.

Não quero te atacar.

Nem falar por entrelinhas.

Apenas não coube mais dentro de mim.

Mas são só rabiscos, sabe?

Eu ainda estou sem voz.

Um enigma com um final feliz.

E eu que estava sempre tentando descobrir você, desvendar você, conhecer você. Esperando por respostas que eu sabia que nunca viriam. Até que eu me dei conta de que, talvez, tudo que eu queria ou precisava saber, já estava ali, na cara. No teu sorriso, na tua sinceridade.

Você pode ser meio fechado, reservado, mas eu já vi o suficiente, para gostar exageradamente de você. E as respostas? Os esclarecimentos? Eu encontrei tudo, nessa sua forma incrível e especial de ser. Está nos seus olhos, e no meu coração. E é o que basta.

E eu disse que só queria fazer valer a pena. Nem preciso dizer mais nada... Se valeu a pena? MUITO, com certeza! Quando eu parei de esperar, ganhei muito mais de você, do que eu jamais havia imaginado. Mais do que você imagina. E é o que eu levo, algo muito parecido com um final feliz. Completamente inesperado, fora do comum! Mas simplesmente perfeito! – 02/12/2009

Essa foi a última página de um dos muitos capítulos do meu livro. Da minha história. É uma das minhas partes favoritas. Pois terminou como aquele final de filme, em que eu tinha certeza de que iria chorar, mas, apenas sorri. E depois comecei a rir, por pensar que aquele drama todo terminou com um sorriso.

Um sorriso que me fez sentir mais leve. Sabe? Sem ficar desesperada atrás de respostas. E vou dizer.. Acho difícil existirem finais assim. Acho raro. Porque, ou nos decepcionamos, ou nossas expectativas são superadas. Acho raro, um final ser feliz, mesmo sendo totalmente diferente do que você esperava. Torço por mais finais assim. Porque afinal de contas, um dia, tudo termina. O que às vezes não termina, são todas as dúvidas, todos os “e se?”, e aquela dor no peito de pensar que aquilo não existe mais.

Talvez “final feliz”, não seja mesmo aquele que você espera. Normalmente, quando corresponde as suas expectativas, passa a ser um “começo feliz”. Então, talvez, final feliz, seja exatamente aquele que não era esperado, mas que te faz sorrir, e te deixa boas lembranças, ao invés de lágrimas e pontos de interrogação.

Mas esse foi apenas o final de UM dos muitos capítulos...

O drama de um coração em frangalhos, e a (quase) total recuperação dele por um sorriso.

Encontrei esse texto que escrevi no dia 21/09/2009. É só uma “historinha”, mas olha o drama dos meus 16 anos. E eu sempre odiava as coisas que eu escrevia, depois de um tempo. Às vezes isso ainda acontece. Mas lendo agora, eu sinceramente gostei muito desse meu jeito de escrever, mesmo que na época fosse fortemente influenciado por Crepúsculo’s e coisas do gênero. Acho que vou começar a postar coisas que nunca tive coragem de expor. Não estou mais as achando tão ruins. :P

------

Não poderia ser mais deprimente. Com apenas uma cena e a revelação de algumas palavras, ela sente-se em estado de choque, como se naquele momento não existisse mais fôlego. Seu coração bate tão rápido, como se procurasse desesperadamente por algum tipo de ajuda. Se acelerasse mais, certamente chegaria ao ponto de explodir.

Em questão de segundos, sendo possível ou não, o calor do sol queimou sua pele, dificultando ainda mais sua respiração, e agora a sua capacidade de se locomover. De saber pra que lado ir. Com uma tentativa de se esconder, de fugir, saiu rapidamente dali, porque o sarcasmo dele ainda a atingia, e só piorava sua situação psicológica.

O som das risadas dele chegavam diretamente a sua mente, e lá dentro, latejavam, como se fosse de propósito, para que ela não pudesse se livrar da maldade dele.

Queria correr, mas não queria aparecer, não queria demonstrar. Estava orgulhosa demais para deixar que ele soubesse que AINDA a afetava. Estava decepcionada, acima de tudo, consigo mesma, por ainda PERMITIR que ele a afetasse dessa maneira.

Ouvia zumbidos por onde andava, e via as pessoas sorrindo, alegres, contentes, felizes! E não sentia vontade o suficiente para parar com essa besteira sozinha. Porque é que nessas horas nunca se acha um lugar pra se esconder? Melhor seria um buraco pra se perder. É pra isso que existem os fones de ouvido! Infelizmente eles ainda não te fazem ficar invisível, mas com uma boa música, eles são capazes de te tirar no real. E com isso, a garota se sentiu completamente alienada, a qualquer zumbido, ou sorriso a sua volta, e a música era mais forte, mais violenta do que a imagem que latejava na sua cabeça, sendo isso uma coisa boa, pois ela se sentia isolada, ali mesmo, no meio da rua.

O som misturava depressão e raiva, fazendo com que esses sentimentos lutassem dentro dela, pra ver qual a dominaria. Às vezes vinha a tona a vontade de expelir as lágrimas, e depois a vontade de chutá-las pra dentro, ou assustá-las com um grito. Mas nenhuma dessas vontades contagiou realmente a garota, fazendo com que ela continuasse apenas com seus passos apressados e a cabeça baixa.

Antes que chamasse muito a atenção, parou, sentou, tentando se acalmar, e claro, ainda desejando se esconder. Foi para a sombra, encostando-se numa superfície gelada – ali era mais fácil respirar.

Então respirou fundo, fechou os olhos, encostou a cabeça na parede atrás dela. Concentrou-se na barulheira que vinha de seus fones, e que, incrivelmente a acalmava.

Como se tivesse levado um susto, ela rapidamente abriu os olhos, e se desencostou, querendo levantar. Era como se alguma ideia estivesse se formando. Ela estava insegura, em relação a isso, porque, de uma forma ou de outra, seu coração ainda estava em frangalhos, e não era tão simples recuperar sua forma costumeira, porque, afinal de contas, estamos falando de uma garota.

Tudo no seu mundo é mais dramático, vai mais a fundo, e é mais complicado. E claro, difícil. Mas então ela deixou a insegurança de lado, uma atitude que a fez sentir-se bem. Levantou-se, arrumou o cabelo, e caminhou, determinada, sentindo-se dentro da música que ouvia, e seguiu em direção ao mesmo lugar onde antes o sol queimava sua pele e seu coração quase explodia.

Aproximando-se, viu alguém que não esperava encontrar lá, naquele momento, mas era alguém com quem definitivamente queria estar, e até já estaria, se não fosse inundada pelos seus sentimentos, alguns minutos antes.

Ele apenas sorriu, e ela respondeu com um sorriso também, e abaixou a cabeça, sentindo-se envergonhada por ter perdido tempo, com tentativas frustradas de sumir, sendo que poderia estar o tempo todo, ao lado daquele sorriso radiante, que a fazia sorrir sinceramente.

Talvez, não tão sincera quanto sorria antes, mas era só um começo, e ela não perderia a chance de encontrar uma verdade nisso. Uma verdade no sorriso, e no brilho dos olhos dos dois.

Essa parte, ainda é um imenso ponto de interrogação para ela, misturado com suas confusões, muitas vezes criadas por ela mesma, apenas em sua cabeça. Mas de uma coisa pelo menos, ela tinha certeza: ela havia se sentindo BEM naquele momento. Não como se o seu coração estivesse inteiro, como antes, mas como se estivesse se reconstituindo, aos poucos, com a ajuda de cada olhar, de cada gesto, fazendo-a ver que nem levaria seu drama, e sua dor, adiante.

Antes de saírem, ele tocou de leve a sua mão, um toque que a fez sorrir mais ainda, e seu coração quase começou a acelerar novamente. Quase! Talvez ela ainda não sentisse o suficiente. Mas ela sabia, é só um começo. E estava FELIZ assim.

Ele saiu, e ela encontrou seu amigo, que percebeu sua expressão naquele momento, e como a maioria dos amigos das garotas, começou a falar coisas engraçadas e “sem noção” para alegrá-la. Não que ela estivesse triste, com certeza não, mas estava calada, pensando em tudo que lhe acontecera em cerca de... 15 minutos!

Situações tão opostas, pessoas opostas. E sensações opostas. Tudo passou como um filme em sua cabeça. E por alguns segundos, ela se sentiu desnorteada, ainda. O que se transformou em alívio, logo depois, porque ao lado dela, estava um amigo. Não UM, qualquer. Mas o seu amigo, aquele em que ela confiava, e que apesar de todas as coisas, ele era continuamente como um alicerce para ela.

E a garota não quis fazer mais nada, além de pedir-lhe um abraço. E isso de certa forma, a tranquilizou. Quando ela sentiu-se em contato com ele, mergulhou em seus sentimentos, e no mesmo momento voltou, e aí, sentiu como se nada tivesse acontecido.

Claro que ela ainda pensaria nisso. Claro que ela não conseguiria esquecer o “episódio” de uma hora pra outra. Mas naquele instante ela percebeu, e decidiu, que não deixaria aquela pessoa (e suas ações) atingirem-na de uma forma tão forte. Por tudo que já passara, agora, não importava mais. Não daquela forma.

E então, caminhou até sua sala de aula, abraçada no amigo, e sorrindo sinceramente, porque era isso que ela estava destinada a fazer dali pra frente. Não permitindo mais que aquela pessoa fosse a fonte de sua dor. Pelo menos, não de uma dor que teria continuidade. Já não doía de verdade. Tanto faz. Sorrir era mais fácil. E mais proveitoso! 

"Um dia frio, chuvoso e nublado [...]"

Dias como esse me inspiram!

Eu gosto de ficar na janela, olhando a chuva cair, sentindo aquele “cheiro de chuva” se existe mesmo, eu não sei, mas no mundo que há na minha cabeça, eu posso senti-lo, gosto de ver as folhas molhadas e a água que se acumula na grama. Acho isso de uma beleza incomparável.

Se não estivesse frio (coisa que eu também adoro), eu iria brincar nessas poças agora, nem que fosse sozinha.

Gosto do barulho a chuva, misturada com a melodia da música que estou ouvindo.

Estou escrevendo a mão, meu Deus, há quanto tempo eu não faço isso. Mal entendo minha letra depois, mas tudo bem.

Dias de sol me deprimem, dias chuvosos me alegram.

Não, não é que me deprimem, mas um dia de chuva me alegra muito mais. Sim, eu sei que sinto, faço e penso coisas que não são tão comuns aos outros.

É que esses dias me dão ideias boas ao menos eu acho.

Acho que esses dias combinam com meu estado de espírito.

“Então você está triste?” Não necessariamente e qual a necessidade das pessoas de relacionarem um dia chuvoso à tristeza? , mas talvez esteja tudo meio nublado dentro de mim.

Nublado, confuso, perigoso pra sair. É aconchegante ficar aqui. Dentro de mim.

Eu ainda me guio melhor num dia nublado, do que num dia de sol.

Um dia de sol, é sim, lindo, e deixa as pessoas felizes, e eu gosto de sol, eu só fujo dele mais do que o normal.

E quando fujo, fico observando.

Às vezes parece que a alegria das pessoas sob um dia de sol é tão falsa (não generalizando).

Não que eu seja sombria e prefira o “triste e deprimente” como muitos encaram um dia lindo desses de chuva, mas... para onde vai toda a alegria dos amantes do sol, num dia de chuva? Pergunto-me se um simples dia frio e chuvoso é capaz de acabar com a felicidade de alguém? E respondo pra mim mesma, que quando é real, não há chuva que acabe com isso.

Ok, dá pra se dizer o mesmo de mim, onde vai a minha alegria num dia de sol?

Minha alegria não se acaba, só acho que a chuva me faz encaixar melhor em mim mesma!

Enquanto um dia de sol, faz com que eu me recolha. Eu até me amo mais em dia de chuva. O sol me queima, me deixa vermelha. Eu me gosto branca, quase transparente, if you know what I mean. ^^.

Eu gosto de calor, gosto de praia, mas eu me canso muito rápido. Sinto-me deslocada.

Pra mim, não há melhor sensação do que sentir as gotas caindo no meu rosto, ver meus cabelos e roupas encharcados, me arrepiar...

Pra mim, um dia de chuva, brilha mais que um dia de sol.

Pra melhor me explicar, um dia de chuva tira de mim todas essas palavras, enquanto um dia de sol, normalmente, só me deixa preguiçosa.

P.s.: Sobre a foto: não costumo colocar fotos eu que eu apareça, mas essa por si só mostra a minha alegria em um dia de chuva, no meu lugar preferido no mundo! :)

 (E um p.s para os viciados em HIMYM entendedores. É num dia de chuva que se pode encontrar a “garota do guarda-chuva amarelo”! ;) )