quinta-feira, 18 de abril de 2013

Volta.

Saí de Fraiburgo, tinha um gato em casa, voltei tem dez!
Saí, meu quarto era meu quarto, voltei e encontrei um depósito (acho que isso acontece com todo mundo que sai de casa, preparem-se vocês que ainda não voltaram, hehe)
Saí, ainda via minha irmã como uma pirralhinha, haha. Voltei, ela está quase do meu tamanho. SÉRIO, quase do meu tamanho!! E está linda, uma moça! de 12 anos.
Algumas coisas continuam as mesmas...
O feijão da vó tem o mesmo gostinho.
A pizza do Jhonny Chico's continua deliciosa.
A Mãe continua escutando Guns pra limpar a casa, (e me fala que ficava ouvindo Avril Lavigne pra matar a saudade de mim)
O Pai continua fazendo suas piadas, e "zuando" as coisas, e eu morrendo de rir de tudo.
O Digo continua... não, o Digo tem um jeito diferente agora, um brilho no olhar, um sorriso diferente... :) mas continua sendo aquele meu mano, que também sempre me faz rir um monte.
É, o Nicolas continua com vergonha de me dar oi.
Eu e o Ricardo continuamos pagando mico na frente dos outros, como hoje que nos vimos na faculdade e ficamos nos abraçando e gritando.
Mas a Camila.. ah, essa mudou!
A Camila que foi, nunca mais voltou.
Claro, a essência, não se perdeu. Acredito eu.
Mas mudou o jeito de pensar. O jeito de encarar as coisas.
Mudou o jeito de sentir. Mudou por quem se sente.
Mudaram os sonhos.
Mudou o coração.
Mudou o número da calça, haha.
Minha casa, sempre será aqui! Meu coração, sempre estará aqui!
Só não sei se consigo mais me encaixar. Se ainda é meu lugar.
É bom voltar. É bom rever todo mundo.
É bom contar o que vivi.
É bom ver fuscas na rua, é bom ver postos de gasolina por todo lado, é bom ter uma lanchonete de esquina pra ir. É bom ter fandangos de presunto pra comprar!
É bom, não ter que esperar o boiler esquentar pra tomar banho.
Mas, ainda fico procurando o interruptor do baheiro na parede do lado de fora.
Ligo a TV em documentários, só pra poder ouvir inglês.
Fico esperando o Cassi, o Eric ligar e dizer: "ow, abre a porta aqui!"
Fico esperando o Gabriel terminar de assistir o seriado dele pra podermos conversar um monte, sobre a vida, e sobre o amor, e sobre todas as coisas que ainda não deciframos dessa vida.
Fico esperando o Vini chegar, pra fazermos um almoço gigante para duas pessoas.
Fico esperando, para ouvir, de novo, toda a discografia de Pink Floyd com o Bruno. ;)
É, tive que deixar toda uma rotina para trás. (Uma hora a gente sempre deixa né.)
Tive que voltar pro meu "mundo real".
Voltar para o mesmo lugar, mas não sendo mais a mesma pessoa.
É bom voltar! Mas é difícil!
É TUDO NOVO DE NOVO!


Mas sabe que sorrir até que ajuda?? Rir.
Aproveitar essa volta. Porque, um dia eu vou, e não volto mais. Um dia todos vamos, pra não voltar mais...

domingo, 7 de abril de 2013

Era x Sou



Gosto dessa imagem porque mostra o passado olhando para o presente.
E eu estava refletindo muito sobre isso esses dias.
A criança que eu era, olhando para o adulto ou para a criança de 20 anos que me tornei.
E já pensei tanto sobre isso, que a única conclusão que cheguei foi: devo parar de pensar tanto sobre isso!
Claro que não é ruim pensar sobre que merda o que estou fazendo da minha vida, e rever alguns conceitos e atitudes, pelo contrário, isso é muito bom.
Mas ao mesmo tempo, se eu ficar só pensando que um dia vou me arrepender das coisas que faço agora, das coisas em que mudei, não vou fazer mais nada.
Ou seja, nem viver iria mais.
Então, a melhor conclusão foi essa: aproveitar essa nova pessoa que sou, me moldar neste novo eu, vivendo da melhor maneira possível.
Não é questão de viver só os momentos, porque a vida não é feita só de momentos blábláblá, mas sim de saber aproveitá-los, porque afinal, quantas vezes posso ter perdido o momento que mudaria tudo, só por medo de me arrepender?
Quantas vezes pode ter escapado pelos meus dedos, aquela chance que eu tanto queria?
Sim, em vários aspectos, a Camila criança não teria muito orgulho da Camila adulta de 20 anos.
Mas essa era uma criança cheia de traumas, medos e joelhos ralados.
E joelhos ralados que podiam até ser sinal de uma tentativa, mas ao mesmo tempo, de uma desistência. Por medo de cair de novo.
Sim, eu desistia muito fácil. Desistia na primeira.
Por medo de doer, porque podia sangrar.
O medo é terrível!
E agora que me livrei dele, (ou quase isso) acho que a última coisa que preciso pensar é que vou me arrepender.
Errar, todos erramos, e é assim que aprendemos. Que crescemos.
E se for pra me arrepender, que seja de ter feito, que seja da marca, da cicatriz, e não de não ter ido por medo de ralar o joelhinho de novo.
E já diziam por aí, a dor nos faz vivos!

sábado, 6 de abril de 2013

E a resposta é... ?

Já escutei tantas vezes a mesma música, que sinto as notas tocando dentro de mim.
Já escutei tantas vezes, mas cada vez percebo um som diferente.
Cada vez que fecho os olhos, sinto a melodia em mim.
Respiro fundo, sorrio, viajo, arrepio, respiro o refrão.
Respiro as lembranças.
Ando sonhando e não sei dizer se esses sonhos são meus medos ou desejos reprimidos.
E como saber? Sendo medo, ou sendo desejo, ambos fazem todo o sentido.
E justo em torno de algo que é intenso, mas não faz sentido.
Não havia parado para pensar nisso até que comecei a sonhar. Ou só me recusava a pensar? Mas o inconsciente dá seu jeitinho, como sempre.
De trazer a tona o que eu estava evitando.
Se é medo ou desejo, eu continuo sem saber. Mas acho que tenho medo, de que seja desejo.
Ou será que tenho o desejo, de que seja apenas medo?
Ontem a sensação era de que o tempo me perseguia. Hoje, estou mais uma vez, esperando o tempo dizer...
TEMPO, não sei se cabe aqui, afinal, é POUCO tempo.
Mas como o tempo sempre está envolvido em todas as nossas decisões, e também nas respostas que procuramos, aqui está ele mais uma vez.
Às vezes dá uma angústia. Uma vontade de saber o final. Uma vontade de ler as últimas páginas do livro só pra saber se ela vai ficar com ele.
Para saber se devo insistir, ou se devo esquecer. Só para poder ficar tranquila.
Estamos sempre correndo esses riscos. “Será que foi a decisão certa?” “E se tivesse feito de outra maneira, como seria agora?”
É sempre um salto no escuro. Sempre!
O segredo, talvez, seja não se soltar durante a queda. Uma hora meus pés devem tocar o chão, certo?
Mas... e se eu cair no mar?