sábado, 6 de abril de 2013

E a resposta é... ?

Já escutei tantas vezes a mesma música, que sinto as notas tocando dentro de mim.
Já escutei tantas vezes, mas cada vez percebo um som diferente.
Cada vez que fecho os olhos, sinto a melodia em mim.
Respiro fundo, sorrio, viajo, arrepio, respiro o refrão.
Respiro as lembranças.
Ando sonhando e não sei dizer se esses sonhos são meus medos ou desejos reprimidos.
E como saber? Sendo medo, ou sendo desejo, ambos fazem todo o sentido.
E justo em torno de algo que é intenso, mas não faz sentido.
Não havia parado para pensar nisso até que comecei a sonhar. Ou só me recusava a pensar? Mas o inconsciente dá seu jeitinho, como sempre.
De trazer a tona o que eu estava evitando.
Se é medo ou desejo, eu continuo sem saber. Mas acho que tenho medo, de que seja desejo.
Ou será que tenho o desejo, de que seja apenas medo?
Ontem a sensação era de que o tempo me perseguia. Hoje, estou mais uma vez, esperando o tempo dizer...
TEMPO, não sei se cabe aqui, afinal, é POUCO tempo.
Mas como o tempo sempre está envolvido em todas as nossas decisões, e também nas respostas que procuramos, aqui está ele mais uma vez.
Às vezes dá uma angústia. Uma vontade de saber o final. Uma vontade de ler as últimas páginas do livro só pra saber se ela vai ficar com ele.
Para saber se devo insistir, ou se devo esquecer. Só para poder ficar tranquila.
Estamos sempre correndo esses riscos. “Será que foi a decisão certa?” “E se tivesse feito de outra maneira, como seria agora?”
É sempre um salto no escuro. Sempre!
O segredo, talvez, seja não se soltar durante a queda. Uma hora meus pés devem tocar o chão, certo?
Mas... e se eu cair no mar?


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