Já
escutei tantas vezes a mesma música, que sinto as notas tocando dentro de mim.
Já
escutei tantas vezes, mas cada vez percebo um som diferente.
Cada
vez que fecho os olhos, sinto a melodia em mim.
Respiro
fundo, sorrio, viajo, arrepio, respiro o refrão.
Respiro
as lembranças.
Ando
sonhando e não sei dizer se esses sonhos são meus medos ou desejos reprimidos.
E
como saber? Sendo medo, ou sendo desejo, ambos fazem todo o sentido.
E
justo em torno de algo que é intenso, mas não faz sentido.
Não
havia parado para pensar nisso até que comecei a sonhar. Ou só me recusava a
pensar? Mas o inconsciente dá seu jeitinho, como sempre.
De
trazer a tona o que eu estava evitando.
Se
é medo ou desejo, eu continuo sem saber. Mas acho que tenho medo, de que seja
desejo.
Ou
será que tenho o desejo, de que seja apenas medo?
Ontem
a sensação era de que o tempo me perseguia. Hoje, estou mais uma vez, esperando
o tempo dizer...
TEMPO,
não sei se cabe aqui, afinal, é POUCO tempo.
Mas
como o tempo sempre está envolvido em todas as nossas decisões, e também nas
respostas que procuramos, aqui está ele mais uma vez.
Às
vezes dá uma angústia. Uma vontade de saber o final. Uma vontade de ler as últimas
páginas do livro só pra saber se ela vai ficar com ele.
Para
saber se devo insistir, ou se devo esquecer. Só para poder ficar tranquila.
Estamos
sempre correndo esses riscos. “Será que foi a decisão certa?” “E se tivesse
feito de outra maneira, como seria agora?”
É sempre um salto no escuro. Sempre!
É sempre um salto no escuro. Sempre!
O
segredo, talvez, seja não se soltar durante a queda. Uma hora meus pés devem
tocar o chão, certo?
Mas...
e se eu cair no mar?
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