terça-feira, 31 de julho de 2012

Aquele outro lado da moeda.


(Antes de mais nada, esse texto não é meu, é do meu primo/amigo/terapeuta Ricardo Lucas.
E encaixa-se bem em algumas recentes situações, e sentimentos, e dramas, e etc. 
E também achei o texto muito bem feito, adorei! Estou até com vergonha de postar outras coisas!! haha, Ricardo acabando com minha auto-confiança, hahaha. 
Ok, I'm kidding.
Ok, ninguém entende meu humor!
e ok, alguém já vai me analisar...)

Já ouviu falar em Lobo Frontal?
Não, não é um ser vivo da família dos cães que fica à frente da matilha. 
É a parte da frente daquele pedaço de massa cinzenta que carregamos dentro do crânio... é aquela partezinha que nos ajuda a tomar as mais importantes e menos importantes decisões da vida... Que roupa usar, e com qual calçado vai combinar. É a razão que tenta quase futilmente manter o equilíbrio com a emoção.
Também é com ele que enfrentamos os maiores dilemas da vida. É por isso que muitas vezes a dor de cabeça é sentida nessa área. Essa área é a responsável por todos os problemas que vamos enfrentar ao encararmos uma escolha.
O problema das escolhas se revela quando recebemos as suas consequências, e a triste realidade é que sempre há um lado ruim de toda opção assim como há dois lados em uma moeda. Viver o outro lado não nos deixa feliz, e nem ao menos confortáveis...
Claro que com o tempo nós aprendemos a conviver com isso, mas não é algo que nos faça sorrir todos os dias, pois quando olharmos para trás sempre vamos nos perguntar de como as coisas teriam sido se tivéssemos escolhido a outra opção...
O que deixa da hora a vida, é que no fim das contas você tem que viver com a sua escolha, sendo o seu lado ruim a culpa, o arrependimento, a depressão, que deixa o lado bom dela quase ofuscado.... principalmente quando sua escolha envolve perder uma coisa preciosa para você. É aÍ que entra o tal do Lobo Frontal, lutando contra o coração que quase grita de dor ao ver o que vai perder. Grita por que para o coração não há perdas imagináveis, não há mágoas suficientes. Enquanto o coração tiver voz nas decisões a serem tomadas, ele vai escolher a opção menos conveniente, mais fora do comum, a opção mais insana e com toda certeza aquela que vai fazer o lobo frontal doer.
Então, se você tiver que escolher algo que está muito difícil para decidir, não jogue seu lobo frontal no lixo, nem livre-se dele...  por que sem ele o coração não terá mais contra quem competir na hora de decidir e você fará tudo pela emoção. Será mais fácil, porém muito mais doloroso... Agradeça pelo lobo frontal, pois é ele quem te guia pela razão e não te deixa fazer aquela loucura tão desejada, no fim das contas você se acostuma a viver com o lado ruim de cada escolha, seja ele como for, sempre há uma solução para isso já que uma moeda não pode existir com um lado só.
by: Ricardo Lucas

domingo, 29 de julho de 2012

Mais um..


Meu Deus, que dia mais deprimente.
Hoje só porque não fiquei o dia inteiro na cama, não significa que foi mais fácil que ontem...
Ainda bem que o tempo lá fora está combinando com meu estado de espírito aqui dentro.
Não, não sou suicida, não estou indo cortar meus pulsos, não me odeio.
Sim, quando estou deprimida gosto é de me afundar.
Porque? Não sei.
Eu acho que sou tão intensa em algumas coisas, que até a tristeza eu tenho que viver por completo, com todas as lágrimas e dor que ela tenha direito.
Não estou sendo dramática a ponto de dizer que não vou conseguir me animar mais, ou que estou morrendo, ou seja lá o que for....
Mas dane-se, hoje é domingo, está frio e está chovendo, e eu estou deprimida, então, só estou tentando viver esse momento também.
Pois essa coisa de tentar esquecer a dor, tentar fingir que não está acontecendo, só serve para tudo voltar maior e pior depois...
As coisas realmente são difíceis, e não que eu fique tentando imaginar como será, mas sim... acabo por vezes imaginando, e até me assustando, se está assim agora, AGORA, imagina daqui pra frente.
Dizem que os primeiros dias sempre são os piores. Não sei...
Nos primeiros dias, com certeza, a dor é mais forte. Mas ter que continuar convivendo com a dor depois.... não sei.
Enfim.
Hoje é aquele dia, em que eu ainda nem respirei o ar lá de fora, em que almocei as quatro da tarde, e meu almoço foi sorvete....
Mas tudo bem, precisamos de dias assim.
A dor, ao menos, nos deixa mais forte. Uma hora dessas.... é o que dizem por aí.
E gosto de escrever sobre isso, porque me ajuda, bem devagar, mas ajuda. 
Enfim. Vou sair, tentar me distrair, quem sabe até rir um pouco!
Nem quis reler, se não vou morrer de vontade de apagar tudo. 

Uma Escolha


“A vida é feita de escolhas!”
Sim, que frase mais batida, todos sabemos disso, todos já ouvimos e falamos isso muitas vezes.
Mas acredito que essa seja mais uma daquelas frases batidas que só entendemos o significado, quando passamos por uma situação, realmente difícil.
Neste caso, uma escolha, realmente difícil.
Pois as escolhas vêm com riscos. Vem com consequências, vem com “abrir mão” de algo, vem com sofrimento, vem com aquelas perguntas “será que fiz a escolha certa?”, “e se...?”
E quando estas escolhas não envolvem apenas a si próprio, é incrível o poder que elas têm de machucar outras pessoas.
Hoje foi um daqueles dias deprimentes... um daqueles dias que você tenta “sobreviver”. Um dia inteiro refletindo uma escolha, que já havia sido refletida antes de ser feita.
Mas aquela pergunta sempre assombra “será que fiz certo?” “como será daqui pra frente?”
Não é o caso de não ter certeza da escolha, mas porque esta envolve coisas muito valiosas, e por mais que sempre tenha um lado que fala mais alto, o outro lado continuará tendo o seu valor.
Não me pergunto se valerá a pena, não me pergunto se vou me arrepender. Apenas tive que abrir mão de algo de que gostava muito, de que gosto muito... e não posso saber como serão as coisas daqui para frente.
Ok, óbvio, ninguém pode adivinhar o que virá no dia de amanhã. Por isso, corremos tantos riscos. Mas este é aquele momento em que nem sei o que esperar, para amanhã, para semana que vem, para o próximo mês.
Pior, é carregar a dor de ter que deixar algo acabar, mesmo sem querer fazer isso. Ter que deixar, mesmo que continue gostando. Não. Pior ainda, é a dor de ter causado dor.
Devia ser algo tão simples... conhecer as pessoas, fazer amizades... um dia cada um segue sua vida, enfrentamos a saudade e tudo o mais, alguns ficam na nossa vida para sempre, mas isso é outra história... mas tudo bem, no final,  todo mundo fica bem.
Mas não... sempre que passamos pela vida de alguém, deixamos marcas (e vice-versa). E quando essas marcas são de dor, elas nos acompanham também.
Não que me importe a dor que eu sinta, eu sou meio autodestrutiva e consigo muitas vezes ser egoísta comigo mesma, mesmo que isso não faça o mínimo sentido.
Mas a marca está sempre ali para lembrar o que aconteceu, para lembrar que há alguém sofrendo, e que ajudar, agora, não está ao meu alcance.
Enfim... ter que dar fim a algo, quando não se quer... é meio destruidor para si mesmo.
Hoje passei o dia assim, como se alguém tivesse morrido. Graças a Deus que não, mas a sensação de perda... é muito parecida. De certa forma.... consegue ser ainda pior, pois na morte você sabe que não tem mais jeito, você sabe que não é mais possível ver, nem tocar, nem ouvir. Mas e quando É possível fazer isso, mas VOCÊ não PODE?
Parece algo muito mais desesperador... muito mais difícil de aceitar.
Mas..... a vida é feita de escolhas!
De riscos.
De consequências...
Nem tudo é como queremos, não podemos ter TUDO o que queremos, infelizmente.
Eu poderia terminar esse texto dizendo, que ai é que está a graça da vida....
Mas neste momento eu não consigo achar graça nenhuma, não consigo ver um lado exatamente bom...
Só vou ter que lutar pelo o que eu escolhi, afinal pra que tanta dor e sofrimento, se eu não tivesse um propósito (neste caso).
E espero um dia entender o porquê de tudo isso. O porquê das coisas, da forma como elas foram acontecendo, das pessoas, dos sentimentos...
Mas isso fica pra um dia... “deixa que o futuro, fica pra depois”.
Só posso dizer, que independentemente do significado disso tudo... eu levarei todas as lembranças comigo, e quero encarar todas elas de um jeito bom, de um jeito feliz, apesar do motivo pelo qual elas se tornaram “apenas lembranças”. 
Há coisas das quais não esqueceremos nunca. E acredito que esta será uma delas. Nem quero esquecer...
E neste caso, eu sei, que sempre vou conseguir sorrir... mesmo que ainda exista dor.